Para se inspirar: vida e trabalho de Fred Astaire

Provavelmente você já ouviu falar em Fred Astaire. O que, talvez, você não saiba é que, além da incrível capacidade de atrair todos os olhares e contar uma história usando apenas os seus pés, esse ator, cantor e dançarino mudou a maneira com que os filmes eram apresentados em Hollywood e influenciou várias gerações de bailarinos e pessoas apaixonadas por dança.

Confira a seguir um pouco da vida e da obra desse ícone dos musicais.

O início

Durante os seus 88 anos de vida, 76 foram dedicados aos palcos e ao cinema. Nascido no estado de Nebraska, nos Estados Unidos, seu talento se revelou muito cedo. Aos quatro anos, seus pais Friedrich e Ann Austerlitz o matricularam em uma escola de dança para acompanhar a irmã mais velha Adele, também muito talentosa.

No entanto, seu sucesso estrondoso começou na cidade de Nova York, após a aposentadoria de sua parceira do show business, em 1932. A essa altura, Frederick Austerlitz, agora conhecido como Fred Astaire, começava a estrear nos cinemas, com comédias repletas de leveza e recheadas de passos de dança que marcariam a história dos musicais.

Carreira no cinema

Fred Astaire não foi apenas um dançarino. Ele também atuou como coreógrafo, músico, apresentador de televisão, cantor e ator. Sua carreira no cinema lhe rendeu a participação em 31 musicais e muitas premiações — dentre elas, a nomeação como a quinta maior estrela masculina de Hollywood.

Sua atuação em Hollywood começou em 1933, com “Dancing Lady” e “Flying Down to Rio”. Esse ano seria marcado também pelo seu casamento com Phyllis Livingston Potter, com quem teve três filhos e permaneceu casado por 21 anos, até perdê-la para o câncer. Só viria a se casar novamente em 1980, com a jóquei Robyn Smith.

Seu ritmo, passos inusitados e perfeccionismo na execução das coreografias o marcaram como uma lenda dos musicais, mudando totalmente a forma como os filmes eram apresentados à época.

Sua maior parceira foi a também estrela da Broadway, Ginger Rogers, com quem dividiria as telas em dez produções e criaria uma das maiores parcerias de todos os tempos. Nomes como “The Gay Divorce”, “Top Hat”, “Roberta”, “Follow the Fleet” e “Swing Time” são alguns dos mais famosos.

Nesses filmes, os telespectadores e os bailarinos de todo o mundo foram presenteados com coreografias épicas para canções como “The Way You Look Tonight”, “Night and Day” e “The Continental”, a primeira música a ganhar um Oscar, no ano de 1934.

Em 1949, Astaire foi premiado também com um Oscar por sua contribuição ao gênero musical. O prêmio foi entregue por Ginger, o que provocou uma comoção na plateia durante a premiação.

O legado

Uma particularidade da vida de Astaire é que ele não levava a dança como um hobby. Fora dos estúdios, ele não gostava de dançar, mas, ao atuar, chegava a ensaiar e repetir uma mesma cena por até dez horas devido ao seu perfeccionismo.

Mesmo tendo atuado em programas e participado de outras produções, seu principal legado foi a dança. Antes de Fred Astaire, apenas algumas partes do corpo dos dançarinos apareciam nos filmes. Astaire foi o primeiro a aparecer de corpo inteiro.

Mesmo com uma brilhante carreira no cinema, sua vida jamais foi retratada em um filme por seu próprio desejo. Segundo ele, não existia qualquer ator que pudesse realmente interpretar a sua história. Sua maior admiração era pelo cantor Michael Jackson, o qual reconhecia como seu descendente.

Fred Astaire morreu em 22 de junho de 1987, aos 88 anos, por conta de uma pneumonia. Seu último desejo foi a oportunidade de agradecer aos fãs pelas décadas de apoio.

E você? Já conhecia a vida e o legado desse gênio da dança? Compartilhe com a gente nos comentários!